Sinopsis
Nascido em João Pessoa, no ano da graça de 1960, Amador da Paixão é poeta, ex-padre, professor. É tudo que sobre ele estamos autorizados a informar. Ele não quer mais nos dizer, por razões de pudor, moral ou impedimento práticos da sua profissão. Em tempos da maldição que temos no poder, ele poderia ser caçado, perder o emprego ou mesmo ser morto por ferir a “moral e os “bons costumes”. Diante de motivos tão fortes, devemos guardar a discrição com que o autor deseja se cercar.
Mas sobre o autor fala melhor o que ele escreve. E no caso de “Amor, paixão que arde sem se ver”, podemos dizer que primeiro ele não é um ex-padre. Pode até andar sem batina, mas carrega os duros ensinamentos da igreja antiga dentro de si. Como autor, ele é padre rebelado a caminho da expulsão, pelo que ele acha em seu íntimo. Como autor, ele é professor que cultiva os clássicos, por sua escrita e por citações de modo direto e indireto que faz na sua prosa. Se algum colégio tiver tal mestre em suas aulas, ponham as mãos para o céu e agradeçam a sorte. Trata-se de um homem moral que fala do que é tido como imoral, mas com uma força que realiza o mais moral, a liberdade de pensar, sentir e expressar o que é ...