Sinopsis
Quando conheci Fernando Pessoa, fiquei perdida no labirinto do Minotauro, sem querer jamais sair. Pra quê, diria Caeiro. Machado de Assis é uma paisagem que me corta. Artur da Távola e Rubem Alves me floresceram. Fiquei muda diante de Gabriel Garcia Marques, e até hoje carrego comigo mais de 100 anos de solidão. E vieram Drummond, Quintana, Vinícius e sua toda poesia. Gastaria tempo falando em todos eles, mas já sinto Leminsk rindo de mim: Cala-te, aprendiz! O que me cala, escrevo; ou por que me calo, escrevo. Para não me calar, escrevo? Não sei ao certo. Sei do mistério, e a palavra, que comigo anda, me toma, e sem tempo de demora sai de mim.
Prosa com verso e verso com prosa. Eu me sento com a palavra e ela me conta coisas…
Luas de Junho é apenas um pequeno pedaço dessa parceria, e mais não digo: a não ser que meu sossego, meu desassossego, tudo o que me desatina, amanhece palavra.