A Escola De Ulm: 1953-1968

  • Autor: Rodrigo Otávio da Silva Paiva
  • Editor: Editora Appris
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Sinopsis

Design para milhões de pessoas, prático, útil, funcional, econômico, bom! Há 70 anos, a Escola de Ulm iniciava sua trajetória rumo ao objetivo de reunir racionalidade técnica, beleza artística e finalidade social — sustentabilidade. Sua herança política, a partir da memória de Hans e Sophie Scholl, e artística, a partir da Bauhaus e da Arte Concreta, fazem dessa Escola um capítulo particular da história da arte e do desenho industrial, que perpassa o período da reconstrução da Alemanha Ocidental, do milagre econômico e, por fim, dos movimentos sociais e estudantis de 1968.
Com 16 ensaios do autor e contribuições dos professores Nelson Aguilar e René Spitz, o livro A Escola de Ulm: 1953-1968 apresenta, ainda que repleto de vivências pessoais, um panorama bastante objetivo da história da formação e das pedagogias dessa Escola de Design. Antípoda do fascismo, Ulm é historicamente motivada pela democracia técnica e industrial, pela pluralidade internacional; inspirada pela arte concreta e pelo jazz. O momento é de ocupação política e cultural norte-americana na região de Baden-Württemberg, na Alemanha. Aquela música negra, assim como a memória da Bauhaus são alimentos da necessidade espiritual europeia para o retorno à ordem, mais que isso, para a renovação cosmopolita dessa ordem, tudo em meio aos escombros físicos e psíquicos deixados pelos tambores, marchas e canhões do militarismo.
A Escola de Ulm é assim, princípio histórico da esperança para aqueles convencidos de um modelo que afirma o caminho, o método, humanista na utilização dos recursos e das capacidades técnicas da humanidade, destinadas ao conhecimento e, por ilação, à paz perene. Mas o design de Ulm, nas suas intenções mais puras, não teria se tornado algo clássico? Ideal? Exclusivo? Não seria isso o contrário do que poderia ocorrer a um conceito ou objeto que almeja ser útil, funcional, cotidiano? O humanismo é possível no sistema econômico de uso e troca da produção industrial? Essas e outras questões devem instigar e intrigar a leitura sobre a história da trajetória ulmiana.