O Natal no templo: Quando a eternidade foi segurada nos braços (Sermão 063)

"Com esta mensagem “O Natal no templo”, encerramos esta série sobre o Natal, sobre a qual já tratamos em “O Natal na manjedoura” e “O Natal no campo”. Avançaremos para ver que o Natal transbordou aquele humilde aposento onde nasceu o Salvador, e que as estrelas que testemunharam o coral dos anjos no campo não encerraram tal narrativa, pois, se Belém foi o berço da encarnação, o templo foi o palco da revelação. O Natal não terminou com os pastores ao redor da manjedoura, ele prosseguiu, silenciosamente, até Jerusalém, onde um homem justo, movido pelo Espírito de Deus, aguardava o cumprimento de uma promessa antiga.

Enquanto os campos falaram de adoração espontânea, o templo falou de cumprimento profético. Enquanto os pastores representavam os humildes, Simeão representou o fiel que espera no santuário. Ambos os lugares fazem parte do Natal – Belém e Jerusalém, campo e templo – e esta mensagem é um convite a redescobrir o outro lado do Natal: aquele que se desenrola na solenidade do templo, onde o Espírito Santo continua a revelar o Cristo a corações fiéis e atentos.

O Natal no templo não teve os cânticos dos céus, mas tem o louvor de um homem cheio do Espírito. Não teve o brilho das estrelas, mas teve a luz da salvação. Ali, um velho adorador ergueu o Salvador nos braços, como quem ergue um mundo novo.

Que nestas páginas você possa ser levado a este templo. Não um templo de pedras e colunas, mas o templo interior onde o Espírito fala, onde a esperança respira e onde a fé se fortalece. Em tempos de superficialidade e pressa, o Natal no templo nos convida a parar, entrar e contemplar. Que você se veja como Simeão: alguém que esperou, creu e finalmente abraçou a salvação. E que neste Natal, mais do que lembrança, haja um reencontro com o Cristo vivo, no templo do seu coração.

Que Deus te abençoe rica e abundantemente nesta leitura."