Sinopsis
Esta obra traz a lume o tema da violência contra a mulher, especialmente a violência doméstica perpetrada pelo companheiro ou ex. Por que a mesma boca que declarou amor passa a ofender? Por que as mãos que um dia abraçaram passam a agredir? Por que aquele que prestou cuidados à amada se torna seu assassino?
Ao contextualizar a violência de gênero na rede de proteção dos direitos humanos fundamentais, Wagner Cinelli nos leva a conhecer e compreender a tessitura delicada de tais direitos, os longos percursos percorridos até a promulgação da Lei Maria da Penha, uma lei, segundo ele, voltada para uma realidade complexa e "permeada por valores culturais, sendo um desses elementos o machismo e a assimetria de poder que de forma geral ocorre na questão de gênero". E aponta como positivas as mudanças legislativas e jurisprudenciais, a partir da norma legal. É um sinal de que a sociedade não está paralisada, mas tentando se adaptar e se adequar à realidade da urgente
concretização da igualdade.
O tema proposto é o da violência doméstica contra a mulher, com foco naquela perpetrada por aquele que com ela mantém ou manteve vínculo afetivo, partindo de uma perspectiva histórica e procurando convocar, ainda que de forma fragmentária, diversos ramos do conhecimento social. O objetivo não é o aprofundamento dos temas, mas a reunião de diferentes olhares para que, complementando-se, permitam uma compreensão mais global do assunto.
mulher praticada pelo atual ou ex-
A obra contém referências a vários países, com indicação de ocorrência de práticas que discriminam a mulher ou realizam violência contra ela. Na verdade, essas questões têm caráter global, uma vez que presentes em todos os lugares, com maior incidência e peculiaridades aqui ou acolá. Mas é de se assinalar que o objeto principal deste livro tem como foco o Brasil, a respectiva legislação produzida e as ferramentas de políticas públicas até aqui criadas.
Repete-se: precisamos falar sobre isso e, por isso, precisamos falar sobre ela, que, neste momento, pode estar em qualquer lugar e pode ser de qualquer classe social. Efetivamente, precisamos falar sobre ela, sobre a pressão à qual está exposta, a discriminação que sofre, a violência que lhe fere de todas as formas, eventualmente lhe arrebatando a vida.